domingo, 9 de março de 2008

O mundo caquinho de vidro

Eu estava lá no banheiro fazendo minha leitura matinal da Folha de S.Paulo, quando me deparei com uma matéria(?) bem "interessante" da Mônica Bergamo.

Às vezes, geralmente aos domingos, me sinto fora da realidade do mundo, ou de alguns dos mundos.

Estou enrolando, porque acho realmente díficil falar sobre isso, mas bora lá:

Festinha de meio milhão.

A elite brasileira resolveu jogar dinheiro fora gastar com as festas de seus herdeiros. São festas que imitam sáfaris, com animais verdadeiros, em buffes de São Paulo.
Contando com aquela soma de valores mastercard, a dona da festa desembolsa RS 12.000 com um Tigre, R$ 6.000 com elefante e R$ 4.500 com o Chipanzé (calculo que o chipanzé deva ser mais barato por ser mais parecido com o ser humano). Ela ainda gasta com o ser humano que cata o cocô dos bichos (não diz na coluna, mas deve ser menos que o salário mínimo, afinal são pessoas, não é mesmo?)

Fiquei pensando na fulaninha que não pode sujar o vestido e nem mesmo ficar perto do cheiro das fezes dos animais.
Me lembrei do livro Animal Farm, acho que agora, por acaso, os bichos estão assalariados.

Não sei mesmo o que é pior, quem limpa a merda, quem escreve a merda, quem dá a notícia, quem compra, quem vai a festa, quem leva os bichos...

Eu não sei também quanto eles gastam com educação.

Um comentário:

Anônimo disse...

Aluguel de animais ao preço de zona? Onde vamos parar...